Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Super Coach do Cocó

O karma de (con)viver com Doenças Inflamatórias do Intestino.

Super Coach do Cocó

O karma de (con)viver com Doenças Inflamatórias do Intestino.

26.Abr.21

Este fim de semana deu-me para isto!

1.png

Se me perguntassem qual o meu vício eu diria: chocolate. Livros também, mas nada se compara ao chocolate. Infelizmente, aqui a je tem que ter cuidado com o que mete à boca, sobretudo porque é o cuzinho que paga. Paga porque não larga os tampos da sanita e porque agora que a coisa começa a dar descanso, o cuzinho começa a crescer. Se não tenho cuidado, ainda o Benfica festejará o campeonato à volta do meu rabo. Adiante. 

Numa nas minhas incursões culinárias tropecei numa receita partilhada pelo Casal Mistério: trufas de abacate e chocolate. E o meu coração palpitou! Abacate e chocolate? O meu estômago lançou fogo de artificio melhor do que o da passagem de ano na Madeira. Depois vi os ingredientes, a receita e fiquei eufórica: eu posso comer isto sem stress!

Lá meti mãos à obra:

  • 1 abacate;
  • 1/2 chávena de tâmaras secas (depois de estarem de molho em água durante 3h);
  • 1/4 de chávena de cacau;
  • 2 colheres de sopa de farinha de coco;
  • 1 1/2 colher de sopa de óleo de coco
  • uma pitada de sal.

 

Meti tudo no triturador. O resultado foi uma pasta pronta a moldar com duas colheres. Meti côco ralado numa tigela (em vez do cacau que a receita sugeria). Bolinhas panadas no côco (juro que parecem brigadeiros!), e toca a pôr no frigorifico. 

Sabem qual é o problema? Não comer todas de uma vez só... 

19.Abr.21

Faz bem ou faz mal?

IMG_20190414_190407.jpg

 

Com tanta coisa que ouvimos que ajuda a melhorar os nossos dias, ficamos por vezes na dúvida do que é bom, do que é mau, do que é tanga, do que é verdade. E é legítimo! Afinal quem se lembra de tudo o que aprendeu no 7, 8 ou 9º ano? Eu não, de certeza!

Ora, por isso mesmo, por vezes é necessário relembrar algumas coisas e aprender uma coisas novas, para melhor compreendermos o mundo que nos rodeia. É por isso que vou lendo (sempre que posso) e participando em grupos de discussão onde posso aprender com quem passou a vida a estudar numa determinada área.

O livro que vos trago hoje, foi um li há já algum tempo. Ajuda a compreender porque é que algumas coisas não fazem sentido (como vitamina C para prevenir constipações ou estimular o sistema imunitário) ou quando é que se deve e faz sentido tomar suplementos. Mas também fala sobre os riscos de diversas opções, por exemplo, retirar o glúten da dieta, os riscos do marketing alimentar, a importância da vacinação.

São mais de 300 páginas com muitas informação escrita por uma cirurgiã norte-americana, Nina Shapiro, que se lê bem. Tem uma linguagem acessível, montes de exemplos que ajudam a compreender melhor aquilo que ela está a falar. Se vão terminar o livro com um curso superior de nutrição, medicina ou bioquímica? Não! Mas estarão melhor informados sobre certas coisas com as quais somos diariamente bombardeados e estarão melhor preparados para separar o trigo do joio.

Conseguem comprar o "faz bem ou faz mal?" em qualquer livraria em Portugal, incluindo aqui na Wook. 

12.Abr.21

DII & Exercício físico: sim ou não? || IBD and exercise: yes or no?

Estavam dois cocós a saltar à corda e chegou uma

Os benefícios de prática regular de actividade física têm sido descritos vezes sem conta, desde profissionais médicos, autoridades de saúde a artigos na imprensa, e redes sociais.

Mas… e se tiveres uma doença inflamatória do intestino? Podes fazer exercício físico? Ora pois claro que sim! Sempre adaptada à tua condição física, pois claro, e à fase da doença em que te encontras (activa ou em remissão) e tendo em conta que qualquer tipo de actividade física conta, mesmo que sejam apenas alguns minutos por dia.

É claro que para pessoas com uma DII, seja ela Crohn, Colite Ulcerosa ou outra, ser capaz de se exercitar regularmente nem sempre é possível por uma série de razões. A DII pode causar sintomas intensos, má qualidade do sono e fadiga, o que pode fazer com que os exercícios pareçam impossíveis.

Estudos mostram que, em muitos casos, quando as pessoas com DII leve a moderada se esforçam para fazer algum exercício, isso ajuda a melhorar a qualidade de vida. Embora a DII possa dificultar, pode ser útil tentar um programa de baixo impacto sob a orientação de um profissional. Na verdade, actividade física pode ajudar a melhor a resposta imunológica, a saúde psicológica, o estado nutricional, a densidade mineral óssea,  reverter a diminuição da massa e força muscular e reduzir a fadiga.

É importante notar que alguns estudos feitos, consistia em os participantes fazerem caminhadas de 30 minutos três vezes por semana. Ou seja, quando se fala em actividade física de baixo impacto e moderada não se está propriamente a falar em correr maratonas. O objectivo é sempre melhorar a qualidade de vida da pessoa com DII.

Partilho contigo alguma sugestões:

1) Não compliques! A ideia base é: sentar menos, mexer mais. Vai passear com o cão. Vai à caixa do correio… pelas escadas em vez do elevador! Dança enquanto cozinhas! Todos os pequenos gestos para seres mais activo contam!

2) Queres começar com algo mais a sério? Verifica com o teu médico assistente se estás ok para teres uma prática regular de exercício físico, por exemplo, se estás a pensar em te inscreveres no ginásio.

3) Mantém um registo. Pode ser um sorriso no calendário, uma nota na agenda, uma app no telemóvel. Manteres um registo de quanto e quando te mexes vai ajudar-te a manter motivação.

4) Preguiça? Falta de motivação? Bom: arranja um companheiro de treino. Alguém com quem treinas em conjunto ou alguém com quem cries o compromisso de “dia x vou fazer isto”.

5) Adopta um cão. Garantido que diariamente terás que fazer nem que seja 10 minutos de caminhada, mais brincar com ele. Acabas por te mexer e nem dás conta enquanto “desligas” a ficha de tudo o resto. Além disso, são excelentes companheiros nos dias maus.

 

Como é óbvio, se tiveres cm a doença activa, poderás ter que repensar a actividade física que fazes e adequá-la à condição do teu corpo, ao teu nível de fadiga, etc. Contudo, muito ou pouco, mais ou menos intenso, o importante é que faças algo.

 

 

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

 

 

Regular physical activity benefits have been highlighted repeatedly by professionals, health doctors, and articles in the press and social networks.

But ... what if you have an inflammatory bowel disease? Can you do physical exercise? Well, of course, yes! Always adapted to your physical condition, of course, and to the stage of the disease in which you find them (active or in remission) and taking into account that any physical activity counts, even if it is only a few minutes a day.

Of course, for people with IBD, be it Crohn's, Ulcerative Colitis or another, exercising regularly is not always possible for several reasons. IBD can cause severe symptoms, poor sleep quality and fatigue, which can make exercise seem impossible.

Studies show that, in many cases, when people with mild to moderate IBD get some exercise, it improves life quality. Although IBD can be complex to manage, it can help try a low-impact program under a professional's guidance. Physical activity can help improve the immune response, psychological health, nutritional status, bone mineral density, reverse the decrease in bone mass and muscle strength and reduce fatigue.

It is important to note that some studies consisted of participants taking 30-minute walks three times a week. When talking about low-impact and moderate physical activity, it is not exactly talking about running marathons. The objective is always to improve the quality of life of the person with IBD.

I share with you suggestions:

1) Don't complicate! The basic idea is: sit less, move more. Go for a walk with the dog. Go to the mailbox ... by the stairs instead of the elevator! Dance while you cook! All the little gestures to be more active count!

2) Do you want to start with something more serious? Check with your attending physician if you are ok to have regular exercise, for example, if you are considering enrolling in the gym.

3) Keep a record. It can be a smile on the calendar, a note on the calendar, an app on the phone. Keeping a record of how much and when you move will help you stay motivated.

4) Laziness? Lack of motivation? Good: get yourself a training partner. Someone with whom you train together or someone with whom you cry the "day x I will do this" commitment.

5) Adopt a dog. I assure you that you will have to do even 10 minutes of walking every day plus play with him. You end up moving, and you don't even notice it when you "disconnect" the plug from everything else. Also, they are excellent companions on bad days.

 

Suppose your IBD is active: you may have to rethink the physical activity you do and adapt it to your body condition, your level of fatigue, etc. critical is that you do something.

 

 

Fontes: 
Inflammatory bowel disease and exercise: results of a Crohn's and Colitis UK survey
THE EFFECT OF DAILY PHYSICAL ACTIVITY ON THE ACTIVITY OF INFLAMMATORY BOWEL DISEASES IN THERAPY-FREE PATIENTS
Impact of pediatric inflammatory bowel disease diagnosis on exercise and sports participation: Patient and parent perspectives
Exercise and Self-Reported Limitations in Patients with Inflammatory Bowel Disease
Moderate endurance and muscle training is beneficial and safe in patients with quiescent or mildly active Crohn's disease
Quality of Life Is Associated With Wearable-Based Physical Activity in Patients With Inflammatory Bowel Disease: A Prospective, Observational Study